O êxito dos imigrantes que conseguiram fazer fortuna teve seu preço, que para muitos foi a saúde, ou um longo período de privações, coisas comuns entre os imigrantes de todas as nacionalidades. Enquanto pensavam em voltar, todos os sacrifícios eram aceitos para economizar.
Economizar era uma obsessão, de consequências pouco sadia, para as próprias condições de vida.
Para muitos o retorno representava uma necessidade de afirmação pessoal. O fato de não se ter conseguido viver e vencer na terra natal onde muitos viviam bem, os teria feito partir com um complexo de inferioridade do qual só se sentiriam libertados através de uma volta triunfal. Daí surgia aquilo que costumava-se descrever como o "desejo de exibir aos conhecidos a riqueza que conquistaram e de desforrar-se dos antigos patrões". Porém nem todos souberam ou puderam sublimar esse complexo, ou resistir ao chamado da nostalgia e da família.
Contudo, em anos de lutas, em sua Pátria adotiva muitas vezes sem vitória, os imigrantes italianos construiram novas colônias, futuras cidades, ergueram templos, plantaram indústrias, semearam tradições, danças usos e costumes. Trouxeram o hábito de beber vinho, o gosto pelo galeto, pela polenta, pela música, pelo macarrão, e das picadas e travessões surgiram, como por encanto, a princípio, os lugarejos, depois as vilas, mais tarde as cidades, construídas com o sacrifício e a determinação dos colonos imigrantes que fizeram desta terra a sua Pátria.